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Cientistas na Espanha Descobrem que Espuma de Grafeno Reconecta Medula Espinhal

MADRID / BUFFALO, NY — Em um avanço que desafia décadas de pessimismo na neurociência, pesquisadores do Instituto de Ciência dos Materiais de Madri (ICMM-CSIC) anunciaram uma descoberta revolucionária: uma espuma tridimensional de óxido de grafeno reduzido capaz de reconectar medulas espinhais severamente lesionadas. Em testes com ratos, o material restaurou sinais neurais mesmo em casos de lesão completa, reacendendo esperanças para milhões de pessoas com paraplegia.

Agora, o Buffalo Bills, time da NFL conhecido por sua base fiel e engajamento comunitário, está se unindo à causa. Em parceria com o Hospital Geral de Buffalo, o time anunciou um fundo de US$ 10 milhões para acelerar testes em humanos — uma jogada ousada que mistura ciência de ponta, filantropia esportiva e a resiliência de uma cidade que já enfrentou suas próprias batalhas.

A Ciência por Trás da Esperança
O estudo, publicado na revista Bioactive Materials, detalha como a espuma de grafeno atua como uma “ponte bioativa”. Quando implantada em ratos com lesões medulares torácicas completas, o material não apenas preencheu o espaço danificado, mas também estimulou neurônios a se regenerarem e reconectarem. Após 12 semanas, os animais recuperaram movimentos voluntários das patas traseiras.

“O grafeno é condutor e biocompatível, ideal para imitar a estrutura da medula”, explicou a Dra. Elena Martínez, líder do estudo. “Ele não só suporta o crescimento neural, mas também envia sinais elétricos que ‘enganam’ o cérebro, como um quarterback que encontra um receptor aberto em uma jogada improvisada.”

Buffalo Bills: Do Campo para a Frente de Batalha Científica
A conexão com o Bills surgiu após o tight end do time, Dawson Knox, visitar o Hospital Geral de Buffalo e conhecer pacientes com lesões medulares. “Vi pessoas lutando para andar, mas também a determinação delas. Isso me lembrou de como jogamos: nunca desistindo, mesmo no quarto quarto”, disse Knox.

O fundo do Bills financiará um ensaio clínico em fase inicial, com início previsto para 2025, em colaboração com o ICMM-CSIC. O objetivo: adaptar a espuma de grafeno para humanos e combiná-la com fisioterapia intensiva. “Queremos que Buffalo seja lembrada não só pelo futebol, mas por ser o lugar onde a paraplegia foi derrotada”, declarou Kim Pegula, coproprietária do time.

Desafios e Cautela
Apesar do otimismo, neurocirurgiões alertam que lesões medulares em humanos são mais complexas. “Ratos têm sistemas neurais menos elaborados. Precisamos garantir que o grafeno não cause inflamação ou tumores a longo prazo”, ponderou o Dr. Michael Rose, do Hospital Geral de Buffalo.

Além disso, o custo do grafeno — um material ainda caro — preocupa. “A meta é torná-lo acessível. Ninguém deve ficar de fora por questões financeiras”, afirmou Martínez.

Uma Nova Jogada para a Ciência
Enquanto isso, os fãs do Bills já abraçaram a causa. No último jogo em Highmark Stadium, uma campanha de arrecadação durante o intervalo levantou US$ 250 mil em 15 minutos. Camisas personalizadas com os dizeres “Grafeno na 1ª e 10” (referência a uma jogada de primeiro down) viraram símbolo do movimento.

“Na ciência, como no futebol, cada centímetro conta”, refletiu Knox. “Se essa pesquisa der a alguém a chance de andar de novo, valeu cada tackle que sofri.”

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